Antes, Barroso acionou os seguranças do Shopping Iguatemi e chamou a polícia ao local. A loja se recusou a entregar as imagens do circuito interno de câmeras, mas um mandado expedido pela Justiça do Ceará determinou a busca e apreensão dos equipamentos de registro, que foi cumprido nesta segunda-feira (20).
Um inquérito policial foi instaurado na Delegacia da Defesa da Mulher de Fortaleza para investigar o crime de racismo. Segundo Barroso, quando ela tentou entrar na loja, estava com a sacola de outra loja e com um sorvete, quando foi abordada pelo gerente que a impediu de frequentar o espaço.
A coluna da KS acompanhou uma entrevista dada pela delegada Ana Cláudia, responsável pelo caso, ao jornal O Povo. Na entrevista a delegada a delegada contou como o gerente da Zara reagiu a chegada da polícia ao local. “Ele foi logo dizendo que não tinha preconceito e que tinha amigos negros, gays e lésbicas.”
Por ser delegada de polícia, Barroso poderia ter dado voz de prisão ao gerente da Zara no ato do racismo. No entanto, teria ficado nervosa e emocionada diante do racismo e não deteve o funcionário da loja.
A coluna da KS também acompanhou uma entrevista que a assessoria da Zara deu ao portal G1, por telefone, onde disse que a cliente entrou na loja sem máscara, tomando sorvete, e que foi abordada por um gerente para que colocasse a máscara. A empresa disse que a abordagem não foi motivada por questão racial, mas por causa de protocolos de saúde. Informou ainda que não aceita nem tolera discriminação.